Todas as empresas partem de pontos diferentes quando arrancam programas de segurança ou implementam ferramentas de segurança. O objetivo é tornar melhor a empresa amanhã comparativamente com hoje.
Várias empresas tentam copiar outras, sem ter em conta o seu ponto de partida. Essa forma muitas vezes falha. Uma boa ferramenta para melhorar a segurança numa empresa pode não ser a mais adequada para a “minha” empresa. Porquê? Porque o meu ponto de partida é diferente.
Cada organização tem à sua disposição ferramentas para evoluir: Formação, Eventos, Campanhas, Rotinas como Safety Walks, Diálogos de Segurança, Observatório de Segurança, etc. Importa perceber, caso a caso, quais as ferramentas que fazem mais sentido.
O Método de Comportamentos Seguros® disponibiliza vários níveis de diagnóstico à cultura de segurança. Em função da complexidade de cada situação. Ao longo dos vários projetos desenvolvidos organizamos formatos para rapidamente compreender o contexto de partida, de uma forma objetiva e prática, produzindo conclusões e propostas de medidas lógicas para cada realidade.
Num primeiro nível propomos a utilização de uma ferramenta disponibilizada pela Vision Zero. A Vision Zero é uma organização mundial que partilha uma visão da segurança de excelência: todos os acidentes são evitáveis. LTM faz parte deste movimento. Um dos recursos que a organização disponibiliza é um diagnóstico à cultura de segurança através de um questionário simples. Esse questionário irá colocar a organização em níveis referentes a 7 tópicos de avaliação. 7 Golden Rules.
Em contextos mais complexos, faz sentido aprofundar o diagnóstico e compreender quais os bloqueadores que impedem a elevação da prevenção no trabalho. A nossa consultoria de segurança inclui análise estatística de longo prazo, reuniões com direções mais representativas da organização, análise de processos críticos em matéria de segurança (emergência, consignação de equipamentos, trabalhos em altura). Conseguimos a correção necessária para selecionar as ferramentas para a evolução pretendida.
Cada acidente de trabalho ou tendência de acidentes de trabalho representa uma oportunidade de aprendizagem que não deve ser descurada.
Partilhamos um exemplo: numa organização cliente verificamos que existia uma maior concentração de acidentes entre as 10h e as 11h. Aplicamos, em diagnóstico, a técnica dos 5 porquês? Os 5 porquês são uma forma de análise, que conduz a análise de causas de uma ocorrência, até ao 5º nível.
Verificamos neste caso que nesse período coexistiam 2 factos: i) existiam reuniões de coordenação, o que levava a um menor controlo efetivo do chão de fábrica; ii) era o período onde os trabalhos de manutenção de maior dimensão se iniciavam. A medida tomada, foi a alteração da hora predefinida para as reuniões de coordenação de fábrica, para que os líderes conseguissem estar sistematicamente presentes no período critico de arranque dos trabalhos. A aplicação da técnica dos 5 porquês, em diagnóstico, possibilitou a resolução de um cluster problemático. E quando o objetivo é “zero acidentes”, como era o caso desta organização, todos os detalhes devem ser analisados.